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Após 11 anos de pesquisa, Estado reconhece negligência com ossadas de Perus

Atualizado: há 5 dias

Ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo se desculpa em nome do Estado por crimes da ditadura


Por: Raquel Maria e Lívia Fantini

Assassinados pelo regime, opositores foram enterrados como indigentes no local | Reprodução: Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Assassinados pelo regime, opositores foram enterrados como indigentes no local | Reprodução: Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

“A verdade precisa ser revelada como justiça a todos os familiares”, disse a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, durante cerimônia de pedido de desculpas aos familiares de vítimas da ditadura militar que foram enterrados como indigentes. O evento ocorreu nesta segunda-feira (24), quando o governo brasileiro também informou que está comprometido em viabilizar a finalização das identificações.


Uma ação pública movida pelo MPF (Ministério Público Federal) foi a causa do pedido de desculpas. Em dezembro de 2024, foi firmado um acordo entre familiares de desaparecidos e a União, no âmbito do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), ocasião em que foi decidido dar continuidade aos trabalhos de identificação das ossadas e pelo reconhecimento das violações dos direitos humanos.


As mortes datam entre 1971 e 1980, um período sombrio marcado pela ditadura. A vala foi encontrada em 1990, mas somente em 28 de julho de 2014, a prefeitura concedeu amplo acesso aos livros do sepultamento do cemitério Dom Bosco em Perus, a um grupo de pesquisadores. Desde então, eles estão analisando registros para identificação dos 1.052 conjuntos ósseos enterrados precariamente. 


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