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Baía do Guanabara acumula 1 bi de litros de chorume por ano

Pesquisa realizada pelo movimento 'Baía Viva' denuncia novos recordes de poluição na região


Baía do Guanabara é uma depressão tectónica formada entre a Serra dos Órgãos e maciços costeiros | Tomaz Silva
Baía do Guanabara é uma depressão tectónica formada entre a Serra dos Órgãos e maciços costeiros | Tomaz Silva

O movimento social "Baía Viva" apontou 1 bilhão de litros de chorume despejados na Baía do Guanabara por ano, isto é, 3 milhões de litros de resíduo líquido despejados diariamente, provenientes da decomposição de matéria orgânica de lixos domésticos. A entidade cobra atitudes dos órgãos públicos e a mudança do cenário na importante baía oceânica que abrange 12 municípios do Rio de Janeiro.


A poluição de um dos cartões postais carioca prejudica a saúde da fauna e flora da região, além da saúde dos pescadores que vivem na extrema pobreza e insegurança alimentar criando um “ciclo de perversidade em torno da degradação ambiental”, afirma o fundador da Baía Viva, Sergio Ricardo Potiguara. 


O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e a Seas (Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade) receberam os ofícios de denúncia que relembram a ineficácia da Lei 12.305, que instituiu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) em 2010, mas que, segundo críticas, não estaria apresentando sanções penais suficientes aos crimes ambientais.


“De 2017 a 2019, foram menos de R$ 140 milhões efetivamente investidos pelo estado na despoluição da Guanabara. Isso é evidentemente muito pouco, quase nada em relação ao tamanho do desafio. São muitos anúncios pomposos e volumosos, mas, na prática, pouco é investido.”- Emanuel Alencar, autor do livro Baía de Guanabara: descaso e resistência.

Em nota, o Inea sinaliza os 21 aterros sanitários presentes no Rio de Janeiro, dos quais, 16 contam com sistemas de tratamento de esgoto e chorume. Também, rebate as denúncias alegando não ter evidências do despejo apontado pelo movimento e reforça que a diluição do chorume em ETEs é autorizada no estado pela Norma Operacional nº 45.


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