Candidatura indígena em São Paulo reforça luta por representatividade nas eleições de 2024
- Portal EntreFocos

- 10 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de out. de 2024
Chirley Pankará foi única mulher indígena candidata a vereadora da cidade de São Paulo em um cenário onde apenas 0,06% dos eleitos são indígenas

Chirley Pankará, candidata pelo PSol em São Paulo, se destacou como uma das poucas vozes indígenas e única mulher indígena na disputa à Câmara Municipal, recebendo 9.599 votos. Apesar de não ter sido eleita, sua candidatura reforça a luta histórica pelos direitos dos povos originários e pela ocupação de espaços tradicionalmente dominados por uma lógica branca. Em um país onde 73,76% dos vereadores eleitos são brancos, apenas 0,06% dos candidatos indígenas conseguiram ocupar uma cadeira.
Nascida em Floresta, Pernambuco, a candidata é formada em Pedagogia, mestra em Educação pela PUC-SP e doutoranda em Antropologia Social pela USP. Nas mídias sociais, Chirley traz para o debate político uma visão que une educação, cultura e defesa dos biomas.
A frase de Chirley, "revolução é quando uma mulher indígena ocupa e reocupa os espaços que foram escritos e demarcados a partir da lógica da branquitude", resume a essência de sua campanha e de sua jornada. Mais do que simplesmente entrar no sistema político, ela defende a necessidade de combater as estruturas de opressão que têm marcado a história do Brasil. A indígena afirma que sua candidatura representa não apenas a luta dos povos indígenas, mas também a luta de todas as mulheres que enfrentam a invisibilidade e a marginalização.
Para Chirley, um mandato indígena vai além de ocupar um espaço de poder: é um ato de resistência contínua.
“Um mandato indígena significa a luta de um povo que foi marcado para morrer, mas que resiste e não se contenta com as migalhas oferecidas pelo Estado”, disse a ativista no seu perfil no Instagram.








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