COP30: gasto de 4,3 milhões em obras é questionado por moradores
- Lívia Fantini e Raquel Lana
- 29 de abr.
- 1 min de leitura
Brasil sediará a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas de 2025
Com Agência Brasil

Marcada para novembro, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) já movimenta os comitês organizacionais da capital de Belém, no Pará, que lançaram nesta sexta-feira (25) um balanço das obras para receber os 50 mil integrantes das delegações internacionais.
Ainda que faltem cerca de 200 dias para a chegada dos participantes, 78% das estruturas estão concluídas, ao todo são R$4,5 bilhões em recursos federais, estaduais e municipais para melhorias em infraestrutura de saneamento, mobilidade e conectividade. São 30 frentes de obras pela cidade, que de acordo com a presidente do comitê estadual, Hana Ghassan, geraram 5 mil empregos e 900 mil beneficiários.
No entanto, na região de palafitas, Vila da Barca, que será transformada em um porto transatlântico e posto de hospedagem, moradores reclamam da piora no saneamento desde que as obras começaram. Além disso, um prédio centenário abandonado foi reivindicado por moradores para uso social e coletivo, mas não recebeu atenção.
O historiador Kelvin Gomes, morador da região, declarou em entrevista para o Brasil de Fato, que a comunidade foi preterida pelo poder público. “O prédio que está sendo demolido agora para dar lugar à estação de bombeamento de esgoto poderia servir como escola, creche, que não existe na comunidade. Preferiram dar lugar a uma estação de esgoto que não vai beneficiar a comunidade, até onde se sabe, e a comunidade continua padecendo de necessidades”, pontua o morador.
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