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Diretor palestino do documentário 'Sem Chão' é agredido e preso por israelenses

Atualizado: há 5 dias

Vencedor do Oscar, Hamdan Ballal foi linchado e levado por militares das Forças de Defesa de Israel

Por: Beatriz de Almeida e Evelyn Carvalho

Cineasta palestino Hamdan Ballal na cerimônia do Oscar de 2025 | Reprodução: "X"
Cineasta palestino Hamdan Ballal na cerimônia do Oscar de 2025 | Reprodução: "X"

Na tarde desta segunda-feira (24), o cineasta Yuval Abraham denunciou em seu perfil no “X” que seu colega de direção foi ferido e detido dentro da ambulância por soldados israelenses.


“Um grupo de colonos acabou de linchar Hamdan Ballal, co-diretor do nosso filme No Other Land. Eles o espancaram e ele tem ferimentos na cabeça e no estômago, sangrando. Soldados invadiram a ambulância que ele chamou e o levaram. Nenhum sinal dele desde então” - tradução da postagem veiculada no X. 

Testemunhas ouvidas pelo jornal Haaretz relataram que um grupo de 10 a 20 colonos mascarados atacaram Hamdan Ballal e outros ativistas pró-Palestina dentro de um vilarejo na cidade de Susiya. Em vídeo compartilhado por Yuval, é possível ver um homem ameaçando e lançando pedras em pessoas e carros.


Após as Forças Armadas de Israel confirmarem a prisão de Ballal, relataram que ele foi encontrado arremessando pedras contra judeus e que não foi retirado a força da ambulância enquanto recebia tratamento. 


ATUALIZAÇÃO - Nesta terça-feira (25), Yuval afirmou que Ballal permanece preso na delegacia de polícia de Kiryat Arba e que o cineasta relatou à sua advogada que foi algemado e vendado em uma base do exército enquanto dois soldados o espancavam no chão.

 

Desde sua estreia, o documentário que vem sendo alvo de ataques, retrata a destruição de Masafer Yatta, por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada e a aliança desenvolvida entre o ativista palestino Basel Adra e o jornalista israelense Yuval Abraham. No Festival de Berlim, no qual o longa foi premiado por melhor documentário, Yuval denunciou uma “situação de apartheid” pedindo um cessar-fogo em Gaza, gerando indignação ao redor do mundo, visto como “antissemita” pela mídia alemã e sendo censurado na Flórida (EUA). 



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