Governo federal se posiciona sobre crise climática
- Gabriela Guastella e Mariana Kanayama
- 24 de abr.
- 2 min de leitura
Encontro do presidente Lula com o secretário-geral da ONU instiga países a definirem obrigações com o meio ambiente
Com Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, estiveram em reunião na última na quarta-feira (23) para cobrar as novas metas ambiciosas de redução de emissões de carbono. As contribuições Nacionalmente Determinadas, chamadas CNDs, tinham o prazo de fevereiro, mas apenas 10% dos países apresentaram suas medidas e o limite foi estendido para setembro.
Nos documentos estão as metas definidas por cada país para reduzir a emissão de combustíveis fósseis – carvão, petróleo, gás natural – e limitar o aquecimento da terra a 1,5ºC, conforme determinado no Acordo de Paris. A NDC do Brasil foi apresentada, antes do prazo, em 2024, na COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) de Baku, no Azerbaijão e prevê redução de 67% de emissões de todos os gases de efeito estufa até 2035, conhecido como Plano Clima, conta com estratégias de mitigação, adaptação e justiça climática.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou da reunião e explicou sobre os resultados destacando a presença de líderes importantes, como da China e União Europeia, e dos SIDS (Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento), para movimentar as 196 nações que ainda precisam entregar seus planos de contribuição até a COP30, que será sediada no Brasil. “Foram escolhidos países importantes, atores mundiais, não só grandes economias, como também alguns dos chamados SIDS. Os que mais sofrem, possivelmente, as questões do impacto ambiental”, declarou, em entrevista à imprensa após a reunião.
“A menos de sete meses da COP30, o planeta parece estar entrando em território desconhecido pela ciência. O aquecimento global está ocorrendo em ritmo mais acelerado do que o previsto. Em 2024, a temperatura média da Terra ultrapassou pela primeira vez o limite crítico de 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais” - Lula
O prazo final para entrega da CND's e a data da COP30 se sucedem e são vistas por Lula como o início de um “grande mutirão”, segundo o presidente, para o início da implementação dos compromissos climáticos, fortalecendo a importância de sediar o evento.
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