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Grupo de amigos espalham adesivos por SãoPaulo para representar o nível da água nasenchentes no Rio Grande do Sul

Iniciativa do coletivo ‘Água até aqui’ viralizou nas redes sociais ao conscientizar sobre

a tragédia no RS e as consequências da crise climática.


Foto: DanielPinheiro (Divulgação).


No último mês, o estado do Rio Grande do Sul tem enfrentado a maior tragédia

climática já registrada em sua história. Mais de 2 milhões de pessoas foram

afetadas pelas grandes enchentes que assolaram suas cidades. Em resposta a

essa situação, um grupo de amigos em São Paulo criou o movimento “Água até

aqui”. Seu objetivo é promover uma reflexão não apenas sobre a crise

climática no Brasil, mas também no mundo todo.


Daniel Pinheiros, um dos fundadores da iniciativa, contou em entrevista como

surgiu a ideia de colar adesivos que representam o nível da água em pontos

estratégicos de São Paulo. “Chegamos à ideia de fazer o adesivo para chamar

a atenção na altura da água em uma cidade onde não tinha entrado água, a

gente queria que as pessoas olhassem para essa altura e imaginassem se

água estivesse até aqui nessa altura onde a gente tá, para entender o tamanho

da dimensão do que é, o problema do desastre lá no Rio Grande do Sul.”


Além de Daniel, o coletivo “Água até aqui” é composto por Mari Camardelli,

Rodrigo Cunha, Gab Gomes, Marcos Oliveira, Priscila Milk, Beto Bina, Natália

Ferreira, Felipe Villela e Renato Ferreira. Todos eles são gaúchos que residem

em São Paulo. “No grupo, temos jornalistas, pessoas de agência. Eu trabalho

com audiovisual, questões ambientais” completa Daniel.


A ação rapidamente se tornou viral nas redes sociais e atraiu a adesão de

pessoas de várias cidades, incluindo Fortaleza, Minas Gerais, Manaus,

Curitiba, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Brasília e

Florianópolis. O sucesso da iniciativa se deve, segundo o grupo, ao fato de que

as pessoas estão cada vez mais conscientes da realidade da crise climática e

estão prestando mais atenção a esse importante tema.


Nos últimos anos, a crise climática se tornou uma realidade inegável. O

aumento das temperaturas globais, o derretimento das calotas polares, eventos

climáticos extremos e a perda acelerada da biodiversidade são sinais

alarmantes de que é necessário agir com urgência. Recentemente, um dos

maiores jornais do mundo, o The New York Times, fez uma matéria sobre uma

exposição do fotógrafo Gideon Mendel, que registrou, em mais de 10 países,

pessoas afetadas pelas enchentes ao redor do mundo. 


Segundo o coletivo, a conscientização e o aumento de práticas sustentáveis

têm se tornado cada vez mais necessários. “Tem uma série de coisas que são

possíveis de se fazer, e a gente espera que a sociedade leve a sério esse

tema. A gente tem a questão do ESG das empresas, que é a transformação da

forma de fazer negócios, de maneira mais ambiental. E a gente espera então

que medidas sejam tomadas pelos governantes para não afrouxarem as leis

ambientais como estão tentando afrouxar. Essa é a nossa esperança.”

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