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Haddad confirma estudo sobre tarifa zero no transporte público

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    EntreFocos
  • 8 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de out.

Equipe econômica faz radiografia do setor a pedido de Lula; movimentos sociais pressionam governo

Nicoly Santos e Victor Sousa

Com Agência Brasil


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O ministro da Fazenda, Fernado Haddad, participa do programa Bom Dia, Ministro | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 7, que a equipe econômica do governo federal está realizando um estudo detalhado sobre o setor de transporte público no Brasil, com o objetivo de avaliar a viabilidade da implantação da tarifa zero. A iniciativa atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi confirmada durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Haddad, a análise busca compreender os custos da medida, o volume de subsídios já destinados pelo poder público, a participação das empresas por meio do vale-transporte e o impacto direto no orçamento dos trabalhadores. Além disso, o levantamento pretende identificar oportunidades tecnológicas que possam tornar o transporte mais eficiente e sustentável.


"Nós sabemos que transporte público no Brasil, sobretudo urbano, ele é uma questão importante para o trabalhador. Nesse momento nós estamos fazendo radiografia do setor a pedido do presidente. Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor", afirmou Haddad.

A discussão sobre a tarifa zero volta ao debate público em um cenário marcado pela proximidade das eleições presidenciais de 2026. O tema tem apelo popular e se soma a outras agendas do governo voltadas aos trabalhadores, como a revisão da jornada 6x1. Nas redes sociais, a proposta ganhou força entre apoiadores de Lula, embora especialistas apontem incertezas quanto à viabilidade financeira.

Hoje, o modelo de gratuidade integral já existe em 136 municípios brasileiros, a maioria de pequeno e médio porte. Em capitais como São Paulo e Brasília, a gratuidade é parcial, aplicada em domingos e feriados. No entanto, propostas semelhantes em grandes cidades enfrentam resistência. Na semana passada, por exemplo, a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou projeto que previa transporte gratuito em até quatro anos, financiado por uma taxa sobre empregadores, além de receitas de publicidade e multas aplicadas às concessionárias.

Paralelamente aos estudos do governo, movimentos sociais têm organizado ações para impulsionar o tema. Em Brasília, acontece de 6 a 10 de outubro a Caravana pela Tarifa Zero, mobilização nacional articulada pelo Movimento Passe Livre (MPL). O evento reúne debates, panfletagens, audiências públicas e reuniões com parlamentares e integrantes do Executivo, defendendo a gratuidade como um avanço social e um direito de todos.

Haddad ressaltou que o levantamento ainda está em andamento e que não há prazo para conclusão. O estudo, segundo ele, permitirá ao governo apresentar um diagnóstico completo do setor e avaliar alternativas de financiamento.


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