Justiça eleitoral suspende mídias sociais de Marçal após acusação de suborno
- Júlia Bleichevel e Luma Venâncio
- 27 de ago. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 27 de set. de 2024
Contas do candidato a prefeito de São Paulo são derrubadas por abuso de poder econômico na monetização de perfis de divulgação
Após requerimento da candidata à prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB), o Ministério Público Eleitoral determinou a suspensão dos perfis do ex-coach e também prefeiturável Pablo Marçal (PRTB) nas contas do Instagram, X (antigo Twitter), YouTube, TikTok e site pessoal. A decisão liminar foi tomada na sexta-feira (23) pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz e pode valer até o fim das eleições. A ação decorre da suposta remuneração de seguidores a fim de disseminar conteúdos favoráveis ao candidato.
Marçal é acusado de monetizar mais de cinco mil perfis dedicados à edição e propagação de cortes de vídeos relacionados a sua imagem. Segundo a justiça, o candidato de extrema direita teria pagado o próprio eleitorado, incentivando a busca por likes em troca de vantagens econômicas. Isso equivale a “disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral”, diz o juiz do caso, em documento publicado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).

Em nota, Pablo Marçal definiu a medida como perseguição política. “Esta ação não apenas viola os princípios democráticos mais básicos, mas também representa uma tentativa flagrante de silenciar uma voz que ressoa com milhões de paulistanos. É um ataque direto não apenas a Pablo Marçal, mas à própria democracia e ao direito dos cidadãos de São Paulo de escolherem livremente seus representantes.” Até o momento, os antigos perfis do coach seguem fora do ar e a decisão cabe recurso.
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