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META terá de responder processo sobre anúncios de golpistas

Utilizando IA e órgãos de governo, fraudadores usam das redes sociais para divulgar fake news; empresa ainda não se manifestou


Empresa já faturou mais de US$30 bilhões em anúncios - Marcello Casal jr/Agência Brasil
Empresa já faturou mais de US$30 bilhões em anúncios - Marcello Casal jr/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (28), a AGU (Advocacia-Geral da União) moveu uma ação contra a empresa de tecnologia META, detentora de redes sociais como Instagram, Whatsapp e Facebook, alegando que a plataforma recebe verba de propagandas que utilizam de símbolos do governo e mídias políticas de forma antiética e fraudulenta para divulgar notícias ou vídeos falsos feitos por IA que passam sem problemas pela verificação de anúncios.


Milhares dessas propagandas foram veiculadas pela empresa, com o principal foco de aplicar golpes utilizando de mídias políticas, como órgãos públicos, que falsamente prometiam ao usuário depósito de benefícios mediante a um pagamento realizado aos golpistas.

“Foi identificado que, ao menos, 1.770 anúncios fraudulentos foram publicados com o objetivo de aplicar golpes financeiros contra os consumidores usuários dessas redes. As publicações utilizavam indevidamente símbolos de órgãos oficiais e imagens de autoridades”, relatou a AGU, em nota.

Um dos maiores beneficiados da brecha da META é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que conseguiu aumentar seu alcance nas redes em 234% após a repercussão da fiscalização sobre transações de pessoas físicas via Pix, anunciada e revogada pelo governo, segundo pesquisa da Netlab divulgada em fevereiro. 


A AGU ainda afirma que os anúncios ficaram disponíveis até abril, causando confusão e indignação aos afetados. Algumas peças utilizavam a imagem de programas sociais, como o Bolsa Família e a logo do Governo Federal, além do uso de inteligência artificial. "Se houvesse o mínimo de zelo por parte da empresa ré em uma atividade que lhe gera significativas receitas, tais anúncios jamais poderiam ser publicados", afirmou a AGU.  Até o momento, a META não se pronunciou sobre o assunto.



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