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Miguelito, do América-MG, é liberado após cometer injúria racial

Depois de pedido da defesa, o jogador boliviano responderá ao crime em liberdade provisória com a pena máxima de cinco anos de reclusão


Com GE e ESPN

Miguelito preso na noite do domingo (04) em Ponta Grossa (PR) | Foto/Reprodução: Policia Civil do Paraná
Miguelito preso na noite do domingo (04) em Ponta Grossa (PR) | Foto/Reprodução: Policia Civil do Paraná

Na tarde desta segunda-feira (05), o atacante boliviano Miguelito, do América-MG, foi liberado da prisão em Ponta Grossa (PR) após ter sido preso em flagrante ao cometer o crime de injúria racial contra Allano, atacante do Operário-PR, e responderá ao crime em liberdade. Após o jogo entre os clubes na noite do domingo (04), a PCPR (Polícia Civil do Paraná) aceitou a denúncia feita pelo volante Allano, que teria ouvido o jogador falar uma expressão racista.


Em súmula - relatório final do jogo -, o árbitro da partida, Alisson Sidnei Furtado, relatou as supostas ofensas proferidas pelo jogador boliviano ao volante Allano, do Operário:


“Relato que aos 30min do primeiro tempo, o atleta número 29 da equipe mandante, sr. Allano Brendon de Souza Lima, veio até minha direção, alegando ter sido chamado de "preto cagão" pelo atleta Miguel Angel Terceros Acuña, número 07 da equipe visitante. Informo que nenhum integrante da equipe de arbitragem no campo de jogo viu e/ou ouviu tal incidente - registrou a arbitragem no documento.” - Relatório oficial do árbitro 

Em maio de 2024, a FIFA implementou um novo protocolo antirracismo às 211 filiadas. O novo regulamento consiste em três etapas a serem seguidas pelos árbitros:

1 - Em atos racistas, o árbitro deve paralisar o jogo e realizar um anúncio nos sistemas de som do estádio exigindo o fim do comportamento racista; 

2 - Em caso de persistência, é necessário paralisar temporariamente a partida, com os dois times saindo de campo para uma nova advertência;

3 - Por fim, caso as ofensas continuem, a partida pode ser finalizada com derrota ao time associado às manifestações racistas.


Naquele jogo, Alisson realizou o gestual antirracista, que também faz parte do protocolo implementado pela Fifa, paralisando a partida durante 15 minutos para conter confusão entre os jogadores envolvidos.


Após ser substituído ao final do primeiro tempo, Miguelito foi detido em flagrante ainda no estádio e permaneceu preso até a tarde de segunda-feira (05), quando o jogador do América Mineiro teve seu pedido de defesa concedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná e responderá o crime em liberdade provisória. A pena máxima para casos de injúria racial é de cinco anos de prisão. Em relato ao delegado responsável pelo caso, Miguelito negou fala racista.



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