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Ministro da Justiça pede investigação da PF sobre Fake News na tragédia do RS

Pedido busca identificar e combater informações falsas que têm afetado as operações de resgate.

(Foto: Ricardo Lewandowski/Reprodução: Tribunal Superior Eleitoral)


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, realizou um pedido à Polícia Federal (PF) para serem abertas investigações sobre a divulgação de fake news a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul. O pedido foi feito no dia 07 de maio, após os conteúdos falsos prejudicarem as operações de resgate realizadas pelo governo e organizações. 


Segundo o Governo Federal, a apuração vai procurar narrativas desinformativas e criminosas vinculadas às enchentes e desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul, dando destaque a relevância e impacto no agravamento da crise social enfrentada pela população.


Desde o início dos fortes temporais no Rio Grande do Sul, muitas pessoas estão se mobilizando para resgatar pessoas ilhadas e levar mantimentos para aqueles que estão em abrigos. Cerca de 76 mil moradores do estado estão abrigados e 538 mil estão desalojados, já que a tragédia afetou 446 dos 497 municípios gaúchos.


Fake news divulgadas


Uma das informações falsas divulgadas afirma que o Governo Federal não estaria trabalhando para ajudar a população, que a Força Aérea Brasileira (FAB) não estava agindo com rapidez e que o Exército, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estariam impedindo a chegada dos caminhões com doações.


Vale lembrar que, no dia 7 de maio, o programa Tá na Hora, do SBT, flagrou caminhões transportando alimentos para o RS sendo multados ao chegar no estado, por extrapolarem o peso máximo permitido para transporte. O caso ganhou bastante repercussão, sendo necessário o acionamento da PF e da Advocacia-Geral da União para investigação. A GloboNews classificou como fake news o caso e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também publicou uma nota negando a situação e afirmou que caminhões com doações não precisam passar por fiscalização e pedágios. 


No dia 8 de maio, o diretor-geral da ANTT divulgou um vídeo nas redes sociais admitindo que alguns caminhões com doações foram multados por excesso de peso, mas ressaltou que se tratam de "casos isolados". Ele informou que seis veículos foram multados, mas garantiu que essas multas serão devidamente anuladas.


Posteriormente, o SBT emitiu uma nota de posicionamento após a repercussão do caso: 


“O SBT reforça seu compromisso com a verdade e ressalta que todo o departamento de jornalismo da emissora é guiado pela premissa de responsabilidade com a informação e com a sociedade. A emissora não produz e não divulga inverdades e não tem o objetivo de politizar qualquer assunto conduzido pela equipe de jornalismo.

Especificamente sobre a tragédia que assola o Sul do País, o SBT tem adotado uma postura de serviço de utilidade pública, divulgando todas as ações de auxílio às vítimas e os canais oficiais de doação. Em determinado momento desse trabalho, nossa equipe de reportagem constatou embaraços oficiais ao trânsito de caminhões com doações para o Rio Grande do Sul, e assim retratou os fatos, até mesmo como forma de alerta às autoridades. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (8) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres e o resultado, inclusive, é a suspensão das multas aplicadas, o que só foi possível diante da exposição do fato.

O objetivo da cobertura do jornalismo do SBT sobre a tragédia no Sul do País segue sendo o de ser um canal de apoio à população local, reforçando tudo o que pode ser feito para auxiliar as pessoas. Não há nem nunca houve vínculo ou objetivo político.

Comprometida com a verdade, a emissora seguirá trabalhando de forma incansável para trazer informação de qualidade e credibilidade para toda a população brasileira.”

 
 
 

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