top of page

Moda e cultura trazem nova perspectiva de vida para mulheres marajoaras

  • Foto do escritor: EntreFocos
    EntreFocos
  • 14 de out.
  • 2 min de leitura

Confira como a confecção e o artesanato se tornaram alternativas para trabalhar a mente de paraenses


Bruna Helfstein

Com Agência Brasil


Uma senhora em sua casa simples, com suas máquinas de costura onde produz as roupas de gala também exibidas na imagem
Dona Cruz na sala de sua casa com suas máquinas de costura e as roupas de gala que confecciona diariamente Créditos: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Na Ilha do Marajó, no Pará, três mulheres se tornaram exemplos de como a arte pode entrar em ação nos momentos difíceis da vida. Maria da Cruz, Rosilda e Glauciane levam em comum no seu coração a cultura marajoara, que se apresentou no momento que mais precisavam e desenvolveu uma forma de gerar renda e ocupar o tempo.


Aos 77 anos, Maria da Cruz confecciona trajes de gala marajoara, ofício que adotou quando ficou viúva. A peça consiste geralmente em uma camisa e botão, feita em tecido de algodão com fitas bordadas que seguem grafismos inspirados em cerâmicas indígenas. Em reportagem para a Agência Brasil, a costureira conta sobre o que a fez se envolver com a costura.

“Quando fiquei viúva, para não ficar sem fazer nada, eu me dediquei às camisas. É bom para manter a cabeça ocupada e não ficar pensando em outras coisas, né?”

A história de Rosilda Angelim já é um pouco diferente, encontrou na cultura uma forma de sair de dificuldades financeiras e da depressão após perder o emprego. A artesã se encontrou na cerâmica ancestral há 16 anos com o grafismo marajoara, mas se envolve na costura há 30. Atualmente, ela tem um ateliê que emprega seis pessoas e transforma a identidade amazônica em roupas e acessórios.


Glauciane Pinheiro aflorou seu interesse por estamparia em um curso de costura industrial, onde entrou sem nunca ter tocado em uma máquina.

“Eu estava desempregada, passando por um momento emocional difícil. Entrei mais para me distrair, mas acabei me encontrando na costura”, relembrou Glauciane.

Ao se apaixonar pela moda, seu marido lhe presenteou com duas máquinas que deram início a um pequeno ateliê, hoje ela é dona da marca Mang Marajó.


Em momentos de fraqueza, essas mulheres se encontraram no mundo da moda, criando e costurando peças que se transformaram em muito mais que só um hobbie, mas uma forma de disseminar a cultura marajoara.


Comentários


bottom of page