Neta fecha concessionárias no Brasil e deve deixar o mercado nacional
- João Figliolo
- há 4 dias
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Atualizado: há 3 dias
Montadora chinesa vendeu menos de 50 carros desde abril e enfrenta crise financeira
A permanência da montadora chinesa Neta Auto no Brasil está por um fio. Com menos de 50 veículos vendidos desde abril e em meio a uma crise financeira global, a marca tem dado sinais claros de que pode deixar o mercado nacional – mesmo após uma estreia recente, marcada pelo início das vendas dos modelos elétricos Aya (sedã) e X (SUV compacto).
Além de ter excluído suas contas nas redes sociais e deixado o site principal em manutenção, as concessionárias localizadas em São Paulo e no Espírito Santo já trocaram de bandeira antes de serem inauguradas, sendo convertidas para Ford, GAC e Omoda & Jaecoo.
Outros pontos de venda, como os quiosques de exposição para os carros no Parque Shopping Maceió, na capital de Alagoas, também tiveram as suas contas no Instagram desativadas.
Com apenas 46 veículos emplacados desde abril, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Neta pode ter o mesmo destino que a conterrânea Seres, que iniciou a venda dos SUVs elétricos Seres 3 e Seres 5 em 2023, mas encerrou suas operações no Brasil em pouco mais de um ano, após ter vendido apenas oito carros.
A crise também atinge outros mercados, como Singapura, onde a Neta fechou a única concessionária que possuía no país, com apenas quatro carros emplacados, e a China, onde vendeu apenas 487 veículos em janeiro e fevereiro deste ano porque não conseguiu produzir em sua fábrica de Tongxiang devido à escassez de peças.
A Hozon Auto, atual controladora da Neta, já entrou com um pedido de falência no país asiático e enfrenta um processo ligado à credora Yuxing Advertising, que realizou um pedido judicial para avaliar se a marca devedora possui motivos para falência – como ativos insuficientes ou incapacidade evidente de pagamento –, segundo nota divulgada pela Neta Auto Tailândia.
Com supervisão da Profa. Patrícia Basílio