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Penúltimo debate de São Paulo é marcado por falas machistas e falta de propostas

Atualizado: 3 de out. de 2024

Em embate realizado pela Folha de S. Paulo e Uol, candidatos se esquivam de propostas para comentar sobre temas como religião e drogas

Candidatos se atacam durante encontro mediado pela jornalista Fabíola Cidral | Foto: Danilo Verpa/ Folhapress

Nesta segunda-feira (30), os quatro melhores colocados nas pesquisas eleitorais para a Prefeitura de São Paulo participaram do debate feito pela Folha/Uol. Nas falas, os candidatos se defenderam e ofenderam uns aos outros, trazendo à tona temas como religião e voto feminino nas eleições. Estavam presentes Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB).

Com regras mais flexíveis, os candidatos estavam livres para administrar o tempo. Marçal e Nunes  entraram em uma disputa verbal para saber quem era mais cristão. "Essa coisa de falar de religião, sabe que fica feio para você? Você ir lá na Assembleia de Deus falar com grande líder, dizer que ele te apoia e ele não te apoia", disse o atual prefeito para Pablo. Tabata opinou que a religião não deve ser usada para ganhar votos.

Já Guilherme Boulos usou de seu tempo para dizer que nunca usou cocaína e já experimentou maconha. "Para não ficar no ar. Eu nunca usei cocaína, que fique muito claro. Não uso drogas e, já que ele quer saber, esse é o nível lamentável. Maconha eu provei uma vez na adolescência, me deu uma dor de cabeça danada e nunca mais. Quem me conhece, sabe muito bem disso", afirmou o candidato do PSOL. 

Na continuação do debate, o voto feminino foi outro assunto comentado pelos concorrentes. Pablo Marçal afirmou que “mulher não vota em mulher porque é inteligente”. Boulos criticou a fala e Tabata respondeu que a “única coisa que disparou nessa eleição foi a rejeição de Pablo Marçal. Adivinha entre quem: mulheres e, principalmente, mulheres da periferia".

Nessa reta final, os três candidatos homens estão empatados tecnicamente, enquanto Tabata Amaral está com 11 % nas pesquisas, segundo Quaest.


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