Professores brasileiros são mais sobrecarregados do que a média mundial
- Larissa Lima, Gustavo Laureano e Giovanna Ramos
- 7 de out.
- 2 min de leitura
Pesquisa indica que 21% do tempo de aula é perdido para manter a ordem em sala; impacto é emocional e físico
Giovanna Ramos, Gustavo Laureano e Larissa Lima
Com Agência Brasil

Os impactos negativos na saúde física e mental dos professores brasileiros são superiores à média de 53 países. Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta segunda-feira (06), a média no Brasil é de 16% na saúde psicológica e 12% na física, enquanto a média global é, respectivamente, de 10% e 8%.
No Brasil, as principais fontes de estresse entre os professores são:
Ser responsabilizado pelo desempenho dos alunos (66%);
Manter a disciplina em sala da aula (64%);
Ter carga excessiva de correções das atividades (60%).
A pesquisa, feita com professores e diretores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, também informa que a média do tempo de aula que um professor brasileiro perde para manter a turma em ordem é de 21%, em comparação com a média geral de 15%.
IA - Em relação à tecnologia, a pesquisa apurou que 56% dos professores utilizam ferramentas de Inteligência Artificial para facilitar as demandas em sala de aula, superando a média de 36% dos demais países da OCDE.
Os professores tendem a usar IA para gerar planos de aula ou atividades (77%), ajustar automaticamente a dificuldade dos materiais de aula de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos (64%) e aprender e resumir um tópico de forma eficiente (63%) - OCDE
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