Professores da rede municipal entram em greve nesta quarta-feira
- Caroline Barbosa e Isabelle Strumillo
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
Servidores públicos de São Paulo alegam humilhação em proposta de reajuste salarial para os professores apresentada pelo atual prefeito paulista Ricardo Nunes (MDB)

Professores da rede municipal de São Paulo anunciaram o adiantamento da paralisação que estava prevista para o dia 25 de abril - mesma data da greve proposta pelos docentes estaduais - para esta quarta-feira (16). Em protesto contra as medidas tomadas pelo prefeito paulista Ricardo Nunes (MDB) sobre o reajuste salarial, a APROFEM (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo) manifestou sua indignação com o caso. "Proposta humilha servidores e aprofunda desvalorização", argumentam os representantes de mais de 60 mil profissionais.
A prefeitura de São Paulo enviou uma proposta a Câmara Municipal na última quinta-feira (10), a PL nº 416/2025 estabelece um reajuste salarial de 2,6% a partir de maio e um aumento adicional em 2,55% para maio de 2026, tanto para ativos quanto para aposentados e uma aplicação de 6,27% sobre o piso salarial da área.
No entanto, a sugestão foi negada pelos servidores, que alegam falta de compromisso do gestor ao não apresentar a ideia antes para as associações responsáveis. Além disso, os profissionais já haviam solicitado um aumento de 12,9% baseado no índice da inflação e a valorização do piso salarial, para ocorrer o fim da alíquota de 14% da contribuição previdenciária.
MOBILIZAÇÃO - Manifestações marcadas para esta terça-feira (15) e quarta-feira (16) em frente à sede da prefeitura contará com a presença de diversos sindicatos funcionalistas e da educação, entre eles o SEDIN (Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educação Infantil), SINDSEP (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo) e a APROFEM.
Em nota publicada virtualmente, a administração cita que mais de um milhão de alunos serão afetados com o interrompimento das aulas. "É uma escolha que contraria os esforços de toda sociedade para fortalecer a educação", diz a prefeitura.
É compreensível a revolta dos professores! Parabéns pela ótima matéria!!