Seis torcedores da ‘Mancha Alviverde’ são presos após emboscada contra cruzeirenses

Em briga na rodovia Fernão Dias, Mairiporã, São Paulo, um morreu e outros 17 ficaram feridos

Sede da Mancha Alviverde é um dos alvos de busca e apreensão pela Polícia Civil | Reprodução/Redes Sociais

Após pedidos do MP (Ministério Público) e da Polícia Civil, seis membros da torcida organizada do Palmeiras foram presos temporariamente. A decisão tomada nesta quarta-feira (30) é acompanhada da autorização para mandados de busca e apreensão e ocorreu após a briga entre as torcidas organizadas “Mancha Alviverde” e “Máfia Azul”, na madrugada de domingo (27), que resultou na morte de uma pessoa, outros 17 ficaram feridos.

Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, torcedores cruzeirenses sofreram uma emboscada dos palmeirenses. As torcidas têm histórico de rixas e a última, em 2022, foi marcada pelo espancamento de integrantes da organizada do Palmeiras, entre eles, Jorge Luis, atual presidente da Mancha. 

Em nota, a organizada do Palmeiras publicou: “Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos”. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o confronto envolveu cerca de 150 pessoas, somando torcedores dos dois times.

Além da prisão dos seis torcedores, a “Mancha” está proibida, por tempo indeterminado, de frequentar estádios no estado de São Paulo. A FPF (Federação Paulista de Futebol) acatou pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo. A medida passa a valer a partir desta quarta-feira (30) e proíbe a entrada de faixas, bandeiras, camisetas ou qualquer objeto que seja da torcida organizada. A “Máfia Azul” está banida de estádios desde 2022.

Em nota enviada à TV Globo, o Palmeiras repudiou as cenas de violência e defendeu uma punição rigorosa aos criminosos. Nas redes sociais, o Cruzeiro lamentou por mais um caso de violência e pediu “um basta” a atos criminosos.

O corpo de José Victor Miranda, torcedor cruzeirense morto no confronto entre as torcidas, foi velado na última terça-feira (29), em Sete Lagoas. O velório contou com uma homenagem incluindo balões brancos, uma bandeira com o rosto de José e a presença de família, amigos e membros da “Máfia Azul”. Ele tinha 30 anos e deixou um filho de 7 anos.