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Trabalhador senegalês é morto durante operação da PM em São Paulo

Testemunha afirma que Ngange Mbaye reagiu após ver policiais tentarem apreender mercadorias de sua colega


Confusão iniciou após operação da PM na tarde da última sexta-feira (11) | Reprodução: Rede Globo
Confusão iniciou após operação da PM na tarde da última sexta-feira (11) | Reprodução: Rede Globo

Nesta última sexta-feira (11), o ambulante senegalês Ngange Mbaye, 34, morreu após ser baleado por policiais no Brás, região central de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, agentes estavam em uma operação apreendendo mercadorias irregulares quando Ngange agrediu um dos militares com uma barra de ferro.


Em entrevista concedida ao portal UOL, Adriano Santos, advogado da companheira - que está grávida de sete meses -, disse que o ambulante não tinha nenhum familiar no Brasil e que o chá de bebê do casal ocorreria no último final de semana. O crime foi um fato "lamentável e desproporcional", disse o defensor, que também é presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), subseção de São Miguel Paulista.


Em nota, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) informou que iniciou investigações sobre o caso e afastou o policial envolvido na morte: 


“A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) e afastou das atividades operacionais o agente envolvido na morte de um homem de 34 anos, ocorrida nesta sexta-feira, na Avenida Rangel Pestana. O homem, que agrediu um policial militar com uma barra de ferro, foi socorrido à Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao ferimento. A barra utilizada na agressão foi apreendida, assim como a arma do agente. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).” - Nota da SSP-SP. 

Além disso, o CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante) divulgou uma nota lamentando o ocorrido: “Expressamos nossa solidariedade à família de Ngange, à comunidade senegalesa e a todas as pessoas migrantes que, diariamente, enfrentam racismo, xenofobia e precarização em suas rotinas de trabalho e sobrevivência”. A organização atua na defesa dos direitos e na inclusão social de migrantes e refugiados.


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