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Carrefour é considerado réu por crime ambiental em Santos

Vazamento de óleo diesel em 2021 afetou animais, praias e moradores

Empresa está sujeita a suspensão das suas atividades e outras sanções | Reprodução: GoogleMaps
Empresa está sujeita a suspensão das suas atividades e outras sanções | Reprodução: GoogleMaps

A rede varejista Carrefour se tornou ré, segundo o MPF (Ministério Público Federal), por ter omitido um caso de vazamento de óleo diesel em Santos, litoral sul de São Paulo, em maio de 2021. À ocasião, a empresa não tomou atitudes preventivas de urgência necessárias, para que o produto não se espalhasse. Além disso, não realizou monitoramento e manutenção dos equipamentos.

Segundo a perícia, o vazamento teria ocorrido pelo rompimento de uma braçadeira do gerador enferrujado por falta de manutenção. Quase dois mil litros foram para galerias pluviais e para o oceano. 

Pessoas que passavam pelo canal 6, próximo à Avenida Doutor Epitácio Pessoa, sentiram o cheiro e acionaram o Corpo de Bombeiros, que deram o diagnóstico e a situação de emergência. Pouco depois, os moradores também tiveram problemas respiratórios devido ao cheiro forte. Em vez de efetuar as medidas, o MPF acusa o Carrefour do Praiamar Shopping, no bairro Aparecida, de tentar limpar o local de forma indevida, o que permitiu que a substância chegasse até o oceano. 

“Era conduta esperada comunicar o vazamento do óleo imediatamente ao Poder Público, em vez de, para evitar que fosse identificada como a causadora da poluição, ocultar o fato e limpar o local, destinando o óleo para o ralo que drenava para a galeria e ao escoamento das águas pluviais que deságuam no mar”, denunciou o procurador da República, Antonio José Donizetti Molina Daloia.

Caso seja condenada, a empresa poderá pagar multas, custear programas ambientais e até ter o estabelecimento interditado. O Carrefour relatou em nota oficial que não comenta casos em julgamento. 


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