FAPCOM debate IA no 18º Simpósio de Comunicação
- portalentrefocos
- 26 de ago.
- 2 min de leitura
Professores e jornalistas abordaram regulamentação das ferramentas e ética
Larissa Lima
Especial para o EntreFocos
Nos dias 19 e 20 de agosto, a FAPCOM (Faculdade Paulus de Comunicação) promoveu o 18° Simpósio de Comunicação, evento que tem como objetivo integrar alunos e profissionais do mercado em debates e conversas sobre temas emergentes. Neste ano, os convidados para painéis e mesa debateram a “Inteligência artificial, comunicação e humanidade e transformação”.

No segundo painel, a professora Dora Kaufman explicou sobre sistemas de IA que empresas como Netflix, Google e Meta têm usado e aprimorado de forma cada vez mais rápida. Autora de obras sobre o tema, a especialista tratou da arquitetura por trás dessa tecnologia, chamada transformers, e destacou que esse modelo de aprendizado profundo é capaz de processar sequências de dados de forma eficiente.
Além de contextualizar sobre o funcionamento e operação das IAs, Dora disse estar "totalmente envolvida" no assunto da regulamentação das inteligências artificiais, participando ativamente e sendo chamada pelo Senado Federal e Câmara dos Deputados para discussão de projetos de lei dentro do tema. "Essa tecnologia está mudando radicalmente a forma como as pessoas se comportam e se comunicam, e isso necessita de uma regulamentação", opinou.
Os jornalistas Pollyana Ferrari e Givanildo Menezes, diretor de Jornalismo da CNN Brasil e do canal CNN Money, conversam sobre “Manipulação e mediação da verdade em tempos de IA”. No debate, mediado pelo âncora da Iuri Pitta, a também professora Pollyana se posicionou a favor da regulamentação das inteligências artificiais, explicando sobre uma nova era para os profissionais da comunicação, que devem aprender a coexistir com as IAs.
De acordo com relatório da OpenAI, o Brasil é o terceiro país do mundo que mais usa o ChatGPT, enviando cerca de 140 milhões de mensagens por dia. Pollyana ainda comentou que "não há como voltar para um mundo em que não usamos mais essa tecnologia", segundo ela, a tendência é que ela somente cresça, e com isso, a atenção para o aumento de fake news e deepfakes (tecnologia que permite a criação de imagens e vídeos falsos em alta qualidade) devem aumentar, principalmente no período eleitoral.
Menezes acrescentou a importância da transparência em tempos de IAs e de fake news. Para o jornalista, por mais que essa ferramenta seja facilitadora em alguns aspectos, não pode substituir os olhos humanos que "apuram notícias, fazem entrevistas e checam fatos".
O profissional também comentou sobre a necessidade de preservar os conceitos básicos de ética do jornalismo e sobre o que é essencial, detectado somente profissionais humanos "como ler, se informar e viver além das telas", pontuou Iuri Pitta.
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