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Banco Central mantém juros altos e freia expectativa de crescimento em 2022

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    EntreFocos
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura

Com crédito mais caro e consumo contido, projeção do PIB cai para 2%, reforçando tom de cautela da política monetária.


Bervelin Albuquerque com Agência Brasil



Banco Central não descarta a possibilidade de novos aumentos na taxa Selic | Marcello Casal
Banco Central não descarta a possibilidade de novos aumentos na taxa Selic | Marcello Casal

O BC (Banco Central) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, pela terceira vez consecutiva. A decisão, unânime entre os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) já era esperada pelo mercado e reflete o cenário de desaceleração da economia e o recuo gradual da inflação. Mesmo com a estabilidade dos preços, o BC avaliou que o ambiente global segue incerto e que será necessário manter os juros altos por mais tempo para garantir o controle inflacionário.


De acordo com o Banco Central, a Selic continuará elevada até que a inflação convirja de forma consistente para a meta de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)  deacumulou alta de 5,17% em 12 meses, ainda acima do teto da meta, mas o IPCA-15 de outubro mostrou uma desaceleração puxada pela queda dos preços dos alimentos. O BC reforçou que, caso a inflação volte a subir, não descarta a possibilidade de novos aumentos na taxa.


Com os juros no maior patamar desde 2006, o crédito continua mais caro, o que freia o consumo e limita o crescimento econômico. O Banco Central reduziu a projeção de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) para 2% em 2025, enquanto o mercado financeiro prevê um leve avanço, de 2,16%. A decisão do Copom mantém o tom de cautela diante das incertezas internas e externas, priorizando a estabilidade de preços em detrimento de uma recuperação mais acelerada da economia.


 
 
 

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