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Engenheiros envolvidos no caso Brumadinho têm registros cancelados

  • Foto do escritor: Davi Sampaio e Sarah Lopes
    Davi Sampaio e Sarah Lopes
  • 7 de out.
  • 2 min de leitura

Publicação do Crea-MG pune 15 profissionais que estão impedidos de exercer a profissão


Davi Sampaio e Sarah Lopes Com Agência Brasil

 Lama tóxica com metais pesados atingiu a cidade de Brumadinho em 2019 | Presidência da República/Isac Nóbrega
 Lama tóxica com metais pesados atingiu a cidade de Brumadinho em 2019 | Presidência da República/Isac Nóbrega

O Crea- MG (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais) informou na última segunda-feira (06), que cancelou os registros de 15 engenheiros envolvidos na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019.


Dos 15 cancelamentos, 13 foram publicados oficialmente no site do conselho. “As decisões já transitaram em julgado e não cabe mais recurso. Com isso, os profissionais estão impedidos de exercer a profissão”, informa o comunicado.


"Após os julgamentos nas Câmaras Especializadas e no Plenário do Crea-MG, os processos seguiram para decisão final do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), instância máxima do Sistema Confea/Crea, que determinou o cancelamento dos registros."

Para a AVABRUM (Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão – Brumadinho), a sanção do Crea “tem caráter pedagógico ao sinalizar que práticas contrárias à ética não encontram espaço na engenharia.”


Ainda na nota, o Crea-MG pondera que “a decisão não repara as perdas da tragédia, mas reafirma que a ética, a responsabilidade técnica e a segurança das pessoas estão acima de qualquer interesse.”


RELEMBRE O CASO - O rompimento da barragem em Brumadinho é considerado o maior acidente de trabalho do Brasil, cerca de 272 pessoas morreram.


Doze milhões de metros cúbicos de rejeitos da barragem foram despejados na natureza e contaminaram o Rio Paraopeba. A lama tóxica, com metais pesados como ferro, manganês, chumbo e mercúrio, se estendeu por outras bacias hidrográficas, afetou a biodiversidade e comprometeu o consumo da água na região.


A mineradora Vale S.A. era a empresa que explorava a área é a responsável pela barragem. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, para falar sobre a suspensão dos registros, a assessoria da companhia disse que “não tem comentários”.



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