Governo é “terminantemente contra” equiparar facções ao terrorismo, diz Gleisi Hoffmann
- Henrique Franzé e Laura Alves

- há 21 minutos
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Projeto de Lei Antifacção foi enviado com urgência ao Congresso Nacional na semana passada
Henrique Franzé e Laura Alves
Com Agência Brasil
A ministra das Relações Internacionais, Gleisi Hoffmann, comentou nesta quarta-feira (05) sobre o projeto de lei que iguala facções criminosas ao terrorismo. De autoria do deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), o Projeto de Lei 1.283/2025 corre na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
“O terrorismo tem objetivo político e ideológico e, pela legislação internacional, dá guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso país. Nós não concordamos com isso", comentou.
A Ministra lembrou da existência de um projeto de lei já encaminhado ao Congresso, que busca mais rigor no combate às facções, apontou também para a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, encaminhada em abril pelo governo, segue há seis meses em análise dos parlamentares.

Especialistas discutem nota de apoio dos EUA ao Rio
Em carta assinada por representante da Divisão Antidrogas dos EUA, James Sparks, prestou condolências à Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, pela perda de quatro policiais durante a Operação Contenção realizada nos complexos do Alemão e da Penha, que registrou 121 mortes.
Professor do Departamento de Estudos Latino-americanos da Universidade de Brasília (UnB), Raphael Lana Seabra, consultado pela Agência Brasil, definiu a abordagem americana como “incomum e inadequada”, defendendo que envolve questões de soberania.
O especialista em história latinoamericana, completou que “isso não é algo que caiba ao governo dos Estados Unidos fazer. Afinal de contas, eles têm uma série de problemas com drogas também, com o narcotráfico e com grupos ilegais como a máfia. E ninguém faz isso quando acontece alguma coisa como essa nos EUA”. O estudioso afirma que essa é uma questão da nação brasileira, e completa que a solução deveria ser “enfrentar o crime organizado na fonte de recurso, e não só na base da pirâmide, atacando os pequenos criminosos, sem chegar aos cabeças da organização”.








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