Tensões em Gaza crescem após ataques e protestos
- redacaoentrefocos
- há 6 dias
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Ataques descumprem acordos internacionais e vítimas incluem profissionais da comunicação
Gustavo Laureano
Com Agência Reuters e Agência Brasil
Nesta segunda-feira (25), Israel atacou por duas vezes o hospital Nasser, localizado ao sul da Faixa de Gaza, matando pelo menos 20 pessoas, conforme apuração da Agência Reuters, incluindo cinco jornalistas que trabalhavam para Agências de Notícias como a Reuters, Associated Press e Al Jazeera.
As autoridades israelenses chamaram o ataque ao hospital de "acidente trágico", e prometeram uma investigação para apurar o que levou a investida. Conforme as Convenções de Genebra, assinadas após a Segunda Guerra Mundial e que embasam o direito humanitário internacional, o ataque a hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos são considerados crimes de guerra. Em junho de 2025, o mesmo hospital já sofreu outro ataque, que matou três pessoas, com a justificativa israelense de atingir um centro de comando do Hamas que operaria no local.
Desde outubro de 2023, quando se intensificaram os conflitos entre Israel e Palestina, o país proibiu a entrada de jornalistas em Gaza. Até o momento, 244 profissionais da imprensa já morreram na cobertura dos conflitos. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, pediu que "a comunidade internacional responsabilize Israel por seus contínuos ataques ilegais à imprensa".
Os crescentes ataques militares israelenses estão provocando reações de diversos grupos. Nesta terça-feira (26), manifestantes bloquearam algumas das principais estradas de Israel, exigindo um cessar fogo e a libertação de reféns. Protestos semelhantes já foram realizados no dia 17 do mesmo mês, convocados pelo Fórum das Famílias dos Reféns e desaparecidos, que aglutina a maioria dos reféns raptados no início dos conflitos.

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