Haddad pede que Congresso cumpra acordo sobre IOF

Negociações previam manutenção do IR para títulos imobiliários e alíquota de 18% para aplicações financeiras

Lucas Daniel e Rafael Silva

Com Agência Brasil

Nesta quarta-feira (08), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, exigiu que o Congresso Nacional acate o acordo firmado com o governo federal relacionado a MP (Medida Provisória) 1.303/2025, que estabelece uma opção para a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A MP é válida até a noite de hoje e prevê novas fontes arrecadação de tributos, como as tarifas de investimentos, que é considerada fundamental para equilibrar as contas públicas no ano que vem.

'O governo apenas quer que o que foi combinado seja cumprido', disse o ministro da Fazendo | Reprodução: Instagram Fernando Haddad

Segundo Haddad, foi constantemente dialogado com parlamentares e atendido diversos pedidos nestas negociações. Entre os acordos, estão a manutenção da isenção do Imposto de Renda para títulos imobiliários e do setor do agronegócio e a uniformização em 18% da alíquota sobre aplicações financeiras e JCP (Juros sobre Capital Próprio), na prática, isso eleva a taxação de 17,5% para 18% nas aplicações e reduz de 20% para 18% no JCP.

“O texto é fruto de um acordo, com concessões mútuas, e é um texto sóbrio que leva o país a um fechamento de ciclo com sustentabilidade social e econômica”, afirmou o ministro, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

A estimativa de arrecadação caiu de R$ 20 bilhões para R$ 17 bilhões, mas o poder público considera que o texto garante fôlego suficiente para impedir cortes de programas sociais. “É um chamamento à responsabilidade do 1% mais rico, sem penalizar o trabalhador”, afirmou Haddad.