Lula elogia plebiscito da taxação de super-ricos
- Henrique Franzé e Laura Alves
- 1 de out.
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Em reunião com líderes de movimentos populares, presidente fala em 'país mais justo'; pauta do encontro também priorizou o fim da escala 6X1
Henrique Franzé e Laura Alves
Com Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, nesta quarta-feira (01), com movimentos e organizações populares para a entrega simbólica de mais de 1,5 milhão de votos a favor da isenção do IR (Imposto de Renda) para salários de até R$ 5 mil. A segunda pauta do encontro foi o fim da escala de trabalho 6x1 sem redução salarial.

A reunião ocorreu no Palácio do Planalto, antecedendo a votação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que pode assegurar maiores taxas para brasileiros com salários acima de R$ 50 mil, os chamados super-ricos. Os votos do plebiscito foram recolhidos de forma virtual e física, por meio de urnas instaladas em locais públicos e sedes das organizações. A ação foi elogiada pelo presidente. "Eu queria dar os parabéns aos dirigentes sindicais, queria dar os parabéns ao movimento social, aos partidos de esquerda que estão aqui, e dizer para vocês que nunca é tarde para a gente aprender a fazer as coisas."
"Eu acho que esse plebiscito que vocês estão me entregando hoje, simbolicamente, porque não tem caixa para trazer 1,5 milhão de assinaturas, é extremamente novo para a luta social deste país" - Lula
Coordenador da Comissão do Plebiscito Popular, Igor Felippe afirmou que "o plebiscito popular é uma metodologia de trabalho com a população. Você coloca uma pergunta e a partir disso, você abre um diálogo no sentido de politizar, de organizar e de construir uma consciência na sociedade em relação à necessidade dessas medidas".
FIM DA JORNADA 6X1 - Apesar de líderes do governo destacarem essas medidas como prioridade para este ano, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a jornada 6x1 não teve avanço no Congresso Nacional, o projeto ainda é mal visto por setores empresariais. A entidade patronal CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) defendeu que a medida levaria ao aumento dos custos operacionais das empresas.
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